quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Vou ou não vou?



Vou ou não vou?
Me pego olhando para os lados, esperando alguém ajuda-la, mas ninguém aparece. Talvez ela se encontre sem a minha ajuda, posso fingir que não vi nada e sair andando...mas e se ela realmente precisar de ajuda? Ela pode nunca mais encontrar o caminho para casa, e isso será minha culpa.
Olho novamente para seus olhos castanhos e perdidos, tentando encontrar algo, alguém, algum lugar e me vejo, perdida, no meio de uma cidade cheia de gente estranha e barulhos, sem saber para onde ir, sem nenhuma ajuda. Dou um passo hesitante ao encontro da menina. Estou cada vez mais perto, observando a reação dela. Será que ela vai estranhar? Afinal, gentileza é um produto em falta nessa cidade e não quero assusta-la ainda mais. Ela olha para os lados, a procura de ajuda, de alguém que possa orienta-la e sinto-me um pouco mais confiante a ajuda-la, acreditando que minha ajuda não será rejeitada. Dou mais alguns passos e finalmente estou tão perto que posso toca-la, e com um tom de voz meio incerto, pergunto se ela precisa de ajuda.
Estou esperando uma reação positiva, até mesmo um sorriso, mas acho que viajei nas minhas expectativa e quando me dou conta a menina já está longe de mim, correndo do perigo que eu nunca ofereceria a ela.

(Exercício: Olhar para fora)

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